Bom , hoje eu estava visualizando um dos blogs que eu mais gosto o, depoisdosquinze.com. E achei um texto super interessante então estou compartilhando ele com vocês. espero que gostem
A quantas chaves você guarda seu segredo? Tem segredos que a gente
joga lá no fundinho do baú, fecha com cadeado, corrente e joga no fundo
do mar. Esses segredos estão à salvo — pelo menos é o que achamos. O
problema de verdade são aqueles segredos que a gente não acha que sejam
assim tão secretos logo de cara e acaba mencionando de vez em quando.
Depois que você falou uma vez, parece que a língua meio que aceita falar
aquilo e se torna mais natural.
Isso acontece muito quando você conhece alguém com quem se identifica
logo de cara. Com essa confiança, a gente se pega falando algumas
coisas que não são necessariamente segredos, mas são coisas nossas que
só queremos que algumas pessoas especiais saibam. O problema é que mesmo
que essa confidência venha acompanhada de um “não conta pra ninguém,
tá?”, quem ouve fica dividido na proteção desse segredo. Ora, se não é
pra contar pra ninguém, por que ela me contou na nossa primeira
conversa? Não deve ser tão importante assim, se ela contou pra mim.
Eu imagino que boa parte dos mal-entendidos de “fofoca” se origina
aí. A gente tá pronta pra se abrir pra alguém, quando o outro não notou
isso. Por isso, talvez a pessoa não ache que é algo tão particular
assim, e acaba comentando por alto com outrem. Esta terceira pessoa, nem
conhecendo as circunstâncias iniciais, passa a história adiante sem
pensar e pronto, seu segredo caiu na roda. E depois não adianta falar
que a pessoa é falsa, porque você confiou nela e ela espalhou a história
pra todo mundo. Foi você quem confiou a ela uma informação que ela não
estava pronta pra receber: seja porque não sabia, porque não era
confiável mesmo, etc.
O que eu sempre digo é que se você não consegue guardar seu próprio
segredo, não pode esperar que os outros também guardem. Afinal, não é
deles, eles não têm nada a perder. É claro que tem gente ruim nesse
mundo, que se aproxima da gente pra derrubar, pra ser o primeiro a ver o
nosso rosto tocar a lona. Mas cuidado pra não misturar os desavisados
nessa leva de malfeitores.
A vida nos ensina com o tempo que é melhor falar pouco sobre o nosso
sucesso e menos ainda sobre o nosso fracasso. Quanto mais misteriosa,
mais interessante você se torna pras pessoas que te conhecem. Quase como
um livro: que graça teria se toda a história estivesse na orelha? Mas
se você acha que assim não vai ter assunto com o outro, então há algum
problema. Se a conversa só pode ser sobre as suas coisas, os seus
problemas, a sua vida, reveja seus conceitos. Vamos conversar mais sobre
o mundo em vez de tentar fazê-lo girar ao nosso redor?
Autora Luisa Clasen
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